Olá, pessoal. Trago esse tema para discutirmos algumas ideias que afloram por aqui. Nesta próxima semana estaremos (acredito que boa parte de nós) ansiosos com o jogo decisivo que ocorrerá na Arena da Baixada no próximo domingo. Creio também que parte da população de Curitiba também aguarda, mas estes de forma cautelosa e até mesmo medrosa, pois nunca sabemos que rumo esse duelo pode tomar. Para alguns comentaristas esportivos esse pode ser o atletiba do século: nós dos verdinhos podemos chegar a vaga da Libertadores da América, os outros, vermelhinhos lutam para não cair para a série B do Campeonato Brasileiro. E é ai que entra uma pequena discussão a respeito da nossa forma (e pelo que) de torcer, lutar e brigar. Vivemos em uma época de reivindicações políticas em algumas regiões do mundo (norte da África e Oriente Médio, por exemplo), onde a população está indo às ruas em busca de seus direitos, governos desbancados, leis alteradas, mas, ainda brigamos e gastamos energia em prol de poucos objetivos. Voltando ao tema dos jogos, volta e meia alguma informação a respeito de violência nos jogos de futebol é relatado na mídia, independente do resultado do jogo, alguns cidadãos tornam-se vândalos e se inicia uma verdadeira barbárie no próprio estádio, nas vias próximas, distantes, nos ônibus, pontos de ônibus, estações tubo, etc. Mas muitas vezes, não se sabe nem o porquêde tanta violência. Um foco se inicia e logo toma conta da massa, que engrandece o problema e ao mesmo tempo, não sabe nem porque e para que estão lutando. Assim, questiono, é por um jogo, um resultado que devemos nos “unir”? É porque meu time perdeu que devo tomar atitudes de luta? Se não, é porque ganhou? O que quero destacar aqui é simplesmente uma análise sobre o que estamos querendo, pelo que estamos lutando e como estamos fazendo isso. Temos vários exemplos de organização, de luta e até de morte por um ideal. E você, leitor, qual é a sua luta? E quais são as suas armas? Você luta através da violência ou por meio da paz?
E ao pensar no próximo domingo, vamos lutar sim, mas dentro de campo e de forma pacífica. É válido se emocionar, chorar, gritar, berrar, ser feliz e ser triste, mas na melodia do bem e da paz!
Nicole Witt
Bem importante a reflexão, Nicole. Lutar é, de certa forma, transgredir a "ordem", a "normalidade", a "harmonia". Nesse sentido a ação da luta imprime uma dinamicidade e uma desacomodação a quem nela direta ou indiretamente se envolve. Uma coisa porém penso que não se deve abrir mão: o uso da violência já encheu. A barbárie combinaria mais com algo digamos de 8.000, 12.000 anos atrás, quando as condições de sobrevivência nos distanciavam da civilização. Mas, passado todo esse tempo, não dá mais!
Ah… mas que os verdes ganhem!